Vera

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Mãe

Mãe


Tesouro maior
Herança, dádiva divina
Quem me deu a luz
Ensinou-me a andar
Quem me entendia
Mesmo antes de eu saber falar

Tudo o que sou
O que fui e serei
Tudo eu devo a Você
Pois a vida foi você quem me deu

Quem consegue ver
Em um ninho abandonado
A forma de um coração
E dele se compadecer

Quem é capaz de perceber
De sentir a tristeza deste coração
O que um sorriso tenta esconder
É porque sabe da emoção...

Ainda vê no filho já veterano
Coisas que só as mães podem perceber
Ainda consegue ver nele o menino
Pois para as mães os filhos nunca vão crescer!
imagem Google

sábado, 1 de maio de 2010

O pássaro amor

O pássaro amor


A Queen of Ice chamou a sua presença o cavalheiro o qual sabia que por ela nutria um sentimento profundo e lhe disse: _Cavalheiro tenho em minhas mãos um pássaro o qual dei o nome de “amor”, poderia me dizer se este pássaro vive ou é morto? Pensou o cavalheiro: Um pássaro, preso entre os dedos mesmo sendo de uma mão tão delicada esta indefeso, um ser tão frágil o qual sua resposta definiria os seus destinos, se disse se que estava vivo a rainha poderia sufocar o animalzinho deitando-o inerte e sem vida a seus pés tirando do cavalheiro qualquer esperança quanto ao seu amor, se disse se que estava morto ela libertaria o pássaro e diria que sua falta de fé não era condizente com seu sentimento assim pensando ele respondeu:
_Minha rainha tanto eu quanto este pássaro, ao qual deste o singelo nome de amor, somos seus servos por tanto se o amor vive ou se morto esta será como minha rainha o desejar! Ela sorriu abriu a mão e o pássaro voou através da janela e sumiu da vista no horizonte, ainda sorrindo ela falou: _Vê cavalheiro o pássaro amor apesar de ser frágil assim que se sentiu livre voou para longe! O cavalheiro sem levantar os olhos respondeu:
_ Deveras minha rainha, ele estava preso em suas mãos, o mantinhas preso e até estavas disposta a silenciá-lo sufocando-o temendo que ele retornasse a antiga ou fosse outra vez enclausurado em uma gaiola agora que o deixou livre talvez ele encontre o ninho que o aguarda só espero que ele o reconheça e não o confunda com suas antigas lembranças! Após fazer uma reverencia o cavalheiro se retirou da presença da rainha sem que ela o tivesse dispensado deixando-a só com seus pensamentos...
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Teia

Teia


Já ouvi dizer que,
A ignorância para alguns é uma benção
Começo a pensar que isto é verdade...
Observe uma aranha tecendo uma teia
Ela prende o fio se balança nele roda
E vai formando um semicírculo
Parece executar uma estranha dança
Mas a aranha sente todas as vibrações em sua teia...

Assim também somos nós
Só que não temos o sentido das aranhas
Estamos sempre buscando novidades
Ampliamos nossa teia de conhecimentos
E às vezes nos prendemos ou nos perdemos nela...
Não vemos, não sentimos as vibrações em nossa teia
Na ânsia de seguir em frente
Deixamos se perder deixamos para trás...

Às vezes precisamos parar pra sentir
As vibrações da teia que tecemos
Considerar por exemplo a definição
Da palavra “amigo” termos consciência
Do seu significado o que nela esta contido
Para não a usarmos frivolamente e ou em vão
É bem melhor apenas sentir
Do que saber e fingir ignorância
Vale o que esta escrito nas estrelas...
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Meu propósito

Meu propósito


Tantas atividades...
Creio que tenham um propósito
O de não ver o tempo passar
Uma forma de encher o tempo
Para não se ter tempo pra pensar...
Não posso parar
Se eu paro eu penso...
Se eu penso eu choro

Sempre estive aqui
Por anos no vago no silencio no âmago
Vendo as nuances do gênero humano...
Reflete-se hoje para o amanha
A triste sanha em sufocar sonhos
As farpas do passado desenharam
Riscaram o verniz expondo a imagem
De um ser magoado que vive e ama só a si.

Do amor sou cativo
Neste universo sem amor
A propósito:
Amar sempre foi o meu “propósito”
Para mim nada tem mais valor
Oro para Deus
Bem sei que ele não interfere
Mas ainda acredito em milagres
Ouvi dizer que amanha chove...
Imagem Google

Fé abandonada


Fé abandonada

Minha alma ferida sangrada
Paira e clama entre o visível compasso
E o invisível descompasso
Fica o espaço onde ficas
Como o sentimento
Que sentindo a falta de um sentido
A vê voar só por trás da dor
Entre as folhas de outono
E próximo da magia
Dança comigo nos reflexos do nada
E nas imagens metafóricas
Todo aquele que tem esperança
Deve sempre estar preparado
Para o inesperado...

Tudo e todos têm um preço
Mas isso não vale para todos
Ai coisas que não se aprendem
Coisas que não se ensinam
Ou se tem dentro da gente
Ou simplesmente não se tem

Às vezes me pego sorrindo
Sem saber por que
Ou fico triste sem uma razão de ser,
Mas na verdade eu bem sei...
É o tempo quem me diz: Nada mudou
Só externamente, superficialmente,
Mas intimamente...

O destino não esta no roteiro,
Não é parte da coreografia não sei dançar...
E a tarde cai trás a noite e a saudade
Pois o coração foi se enamorar
Da rosa amarela porque ela
Entre tantas todas tão belas?

A fé não pode ser destruída,
Mas pode ser abandonada
Tínhamos a fé de que valíamos muito
Mas valíamos tão pouco...

Fez-se a pergunta teve-se a replica
E veio a treplica, mas para quadriplica
Vieram somente evasivas estapafúrdias...
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Velho menino

Velho menino


Quantos anos eu tenho?
Ai quem diga que tenho dez
Apesar dos brancos em meu senho
Mas isso não é o importante
E nem deveras relevante

Todos temos nossos medos
É o que nos diferencia das pedras...
Às vezes as perguntas mais importantes
São aquelas que evitamos fazer
Por sabermos as respostas

Ou em contra partida temos medo
De sermos também inquiridos
Se nos perguntam por quê?
Optamos por calar
Pois qualquer resposta nossa
Seria classificada dentro dos anais
Das esfarrapadas evasivas...

Quantos anos eu tenho?
Meio século,
Mas para algumas almas
Sou uma criança
Não entendo nada...
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Outono do meu ser

Outono do meu ser



E se veio à frente fria
Trazendo um pouco de chuva
Mas o que trouxe mais foi ventania
Como um lamento o vento uiva
Sacando as folhas amareladas
Desnudando galhos e ramos
Dando as arvores desfolhadas
Um aspecto triste estranho

Já é passado o verão
O dia amanheceu nublado
Folhas mortas cobrem o chão
E se espalham pelo gramado
Bailando em redemoinhos
Impulsionadas pelos ventos enregelados
Que se achegam do país vizinho
Vindas do continente gelado

Ainda gorjeiam os pássaros
Mas não tem a mesma euforia
Cruzam de quando em vez o espaço
Os quero-queros com suas sinfonias
Quem sumiu foi beija flor
Voou para outra querência
Em busca de outro sabor
Outro néctar outra essência...

Cai à tarde com uma chuva miúda
Ai um silencio profundo no entardecer
Uma noite de céu de chumbo sem lua
São prenúncios do que vai ser
Não verei a estrela vespertina
Despontar no anoitecer
Pois cerrei as janelas da alma
Neste outono do meu ser!
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Consciência do ser

Consciência do ser


Não sirvo de exemplo a ninguém
Mas procuro não transfundir
O meu ser diferente
Com um ser indiferente...

Conheço minha consciência
Sei o quanto pesa e penso
Que somos assim todos nós
Pelo menos todos os
Que ouvimos nossas consciências...

Às vezes sinto que para mim tocam
Todas as obrigações e deveres
E todos me parecem jurados
Que a mim julgam fazer favores...

Penso que dos favores recebidos
Já paguei a os jurados
Se de algum tenha esquecido
Por certo serei cobrado

Procuro cumprir minhas promessas
Até mesmo as que faço as pedras
Mesmo sabendo que elas
Não tem consciência de nada
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Tempo, corpo e alma

Tempo, corpo e alma

O amanha desconhecido é o por vir
Todos os dias começarmos ou continuamos
A fazer algo que não sabemos se vamos concluir...
Carrego um estigma em meu coração, na alma
Um ferimento que tem forma um símbolo
Uma marca que o tempo não apaga
Não por falta de tempo, pois
Tempo quando se quer se encontra
Temos todo o tempo que quisermos
A vida é que curta...
Sei que não é o fim do mundo,
Pois às vezes consigo vê-lo
Do lugar onde estou...
Não me preocupa o dia da minha morte
Tenho a vida para me ocupar
Aprendi a calcular a riqueza interior de alguém
Basta observar as suas prioridades...
O que você faz é importante, mas é o mais importante?
Navegar com alguém que ama você deve ser algo recíproco
Pois nem sempre o mar é calmo e límpido...
É preciso ter confiança e confiança é algo que se conquista
Mas ninguém confia em ninguém se não é confiável...
Um amigo comum me disse isso, disse que viu isso que
Conhece estas facetas da alma, da personalidade
Os indícios levam a crer, mas não quero crer...
E por a alma assim ser logo vai cansar
De brincar de roda, De brincar de poeta...
Como se cansou de brincar de casinha...
De brincar de boneca... De brincar de...
Mas um dia a gente cresce, pois
O que esta gravado do lado esquerdo do peito
Jamais se apaga do fundo do coração...

Seguimos evoluído enquanto a alma padece
E agente finge que não sente ou nem se percebe,
Mas ao seu tempo ela, a alma, volta ao cosmos
E o corpo fica aqui e, ao seu tempo, apodrece...
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Às horas

Às horas

Supostamente correm livres
Dia ou noite correm as horas
Mas ainda estampam
O titulo de senhora...

E assim segue a dança das horas
Na cadencia do tic-tac
Pois no circulo onde moram
Por nada esperam...

Por comodismo ou esperança
Tendo por cúmplice os minutos
Seguem “indiferentes” a cada segundo
Negando marcadas lembranças...

Escravas de um outro tempo
Continuam... Se dizem alforriadas,
Mas permanecem atreladas a todo o momento
Em verdade nunca do antigo tempo se libertam...
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