Vera

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Vaya Con Dios...


E mais um ano chega ao seu fim
A vida passa o tempo passa
Tudo passa, tem que ser assim
Seguimos todos nesta "andança"...
Tenham todos um bom Natal,
Boas festas
E um próspero ano novo
Deixo cá meu abraço
 Meu carinho
E minhas lembranças
Sigam com Deus!
Imagem Google

Meus erros!


Tudo se explica até a chuva fria
Na tarde quente e ensolarada
Tantos arcos Iris que não são vistos
Pois passam rápidos passam em branco
Mas o branco só é brilhante
Por causa do azul anil
O branco verdadeiro é opaco...

Tantos segredos todos os porquês...
Se meu coração erra eu devo perdoá-lo
Esteja ele onde estiver amordaçado,
Enlaçado em fita como a folha
Sangrado pela “pena” manchado
Pela duvida, que pena,
Mas a duvida é parte da fé...

Há as duvidas todas, quantas...
Veritas num solilóquio
Como um canto insano
Alguns valores arcaicos
Deturpam fatos, atos
Quem se importa?
Pouco importa

O que importa de fato
São tão somente os meus erros
Todos e também os gramaticais
Os acentos que faltam
As rimas torpes, desiguais
O conteúdo não os suplantam
Peço perdão por meus erros
Eles não se sucederam mais
Deixo então a folha em branco...
Imagem Google

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ares de outono na primavera




Porque me foge a poesia?
Será que é certa ausência
Deveras penso que não
Seria negar a essência...

Seria negar o inverno
O frio que ainda por cá impera
Já que as manhas têm ares de outono
Embora as flores digam que já é primavera

Ontem uma rosa roubei
De uma sebe sobre o muro
Seu perfume aspirei
Com a emoção de um menino

Era uma rosa amarela
De uma suave fragrância
Tão linda quanto aquela
Que me brindou com sua ausência

Veja já é primavera apesar da fria ausência
Guardo dentro d’alma a verdadeira essência
Pois vontade, persistência e merecimento
Andam sempre de mãos dadas
Imagem do Google

“O que não é visto não é lembrado”



Podemos eleger prioridades,
Mas não se pode mudar personalidades!
Às vezes topamos com nosso destino
No caminho que tomamos para evitá-lo
Todos tememos o que é diferente
O que é fora do consagrado
O que não é voz corrente...

Provas já foram dadas ao seu amor
Quais provas recebestes em troca?
Abnegação é palavra que a pluralidade
Ignora o seu significado,
Pois ela é antagônica ao egoísmo
Seu caráter é seu destino...

As taipas são uma maneira de caiar
A verdade, considera-se a máxima,
“O que não é visto não é lembrado”.
 Mas estas taipas apenas
Represam águas passadas...

Não ha como navegar
 Se continuas a ponderar
Quanto ao que foi o que seria
Em vez de no que pode vir a ser
Pois o que seria não volta jamais!

imagem Google

Desassossegos


Será que é a dor da saudade
Esta ardência no peito
Esta formigação esta ansiedade
Este tremor no olho esquerdo?

Esta vontade guardada
Este desejo de apenas ter
A alma apaziguada
Que assim fica quando te vê!

Será que é algum crime
Ter um espírito criança
E um coração contente
Que nunca perde a esperança?

O que nos torna humanos
São só regras e razões
O que nos torna humanos não
São também os nossos corações?

Deve ser por castigo
Que meus sonhos e desejos
Só me trazem desencantos
 E tantos desassossegos!
Imagem Google

Riso cáustico


Algumas almas têm o dom
De afastar a quem as ama
Nas quais o riso se destoa
Desmerecendo o apreço
Num deboche que magoa

Rir de tudo é desespero
Seja animal homem, pessoa
Nas palavras rebuscadas com esmero
A frieza é o presente derradeiro
Num riso caustico que no peito ecoa...

Não ai espaços entre espaços
Se os tentamos partilhar
Somos taxados de invasivos
Deveras, seria conjugar o verbo amar
Num presente imperativo!

Se já somos preteridos
Dobramos o cabo da boa esperança
Por não sermos mais queridos
De onde a vida só fez nos tirar
Por não o ser, nada se tem pra dar
Imagem Google

Marionetes


Acreditam serem Véritas  
Nas respostas evasivas, curtas
Com o mesmo toque sarcástico, iguais
Deu-nos assim consciência de que
Às semelhanças nem sempre
São meras conhecidencias
São como marionetes iludidas
De que quem manipula as cordas
São supostamente bem resolvidas...

Sabem o que é quem são
Mas refletem a outras
Como quem não tem mais alma
Passam imitá-las na forma e na ação
Balançando-se nos cordéis
Nem se quer percebem
Que os que movem as cordas
Serão supostamente coerentes
Enquanto lhes for conveniente...

Na solidão da noite o travesseiro
 Manda abrir as caixas da verdade
“Mas incertas razões as desqualificam”,
Convencem-se de que por hora
É melhor deixá-las encaixotadas
Um dia se darão conta das cordas,
Quiça as usem como escadas
 E há seu tempo se encontrem
Pena que algumas nelas se enforcam...
Imagem Google

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Não julgo nem absolvo, pondero


Temos todos um lado sombrio
O medo é uma sensação
Alguns sentem frio
Outros ficam em silencio
Não é vergonha ter medo
Vergonha é fugir e o negar...

Não julgo nem absolvo, pondero
Muitos são assombrados pelo passado
Por isso temem o futuro
Passado, presente, futuro
Tudo esta em nossas mentes
São coisas do mundo terreno
O mundo pode não ser
Apenas um lugar, mas sim
Alguém a quem amamos...

As leis do universo, ação e reação
Medo de recomeçar, não esta implícito!
O julgamento dos homens, não me importa
Posso me arrepender de algo que falei
Mas seria covardia calar
Não me pode julgar algum renitente
 Que nunca teve vicio, pois isso
 Pode não ter sido por mérito,
 Mas por mera impossibilidade...

Mas estas falas também são soberba
 De minha parte, pois tal ceticismo
 Não me terá valia depois da morte
O reflexo do depois é o mesmo
De todos imagem igual se reflete
 Nos critérios divinos posso a vir ser julgado
Como um homicida, pois cometi
Contra a mim mesmo um atentado
Com os vícios que tive na vida.
Imagem Google

domingo, 31 de outubro de 2010

Hallowenn


Toda a bruxa é astuta
E este mundo não deixa
Sem eleger uma substituta
As vezes própria filha
Ou então uma “discípula”

O treinamento é intenso, dissimulado
Encoberto pelo misticismo, aos poucos
Vão se afastando os entes queridos
E os créditos são as almas mutiladas
Que vão ficando pelo caminho...

As iniciadas nem se dão conta
Confundem solidão com liberdade
Não sentem fome, só ansiedade
O maior sentimento passa a ser nada
Aos poucos perdem a humanidade...

Seus entes queridos passam a ser
Os felinos, pois o misticismo
Atribui a eles certo poder
Por não terem forte apego a ninguém
São predadores por assim dizer...

Mas elas também tem o seu dia
Quando circulam a noite nas ruas
Exibindo o que chamam de magia
Esvoaçando na luz da lua
Num balé sem sincronia!
Imagem google

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Por amor

Já vi este filme, esta imagem
Foi na TV ou no cinema não sei,
Mas já vi, era outro personagem
Outra história, mesma cena...

Dizem que, as más atitudes
Apagam as boas, as sufocam.
Defeitos suplantam virtudes
E as más lembranças ficam

Na certeza do fim
Torna-se rude o personagem
Crente de que agindo assim
Não sofram com sua passagem,
Mas paralelas, nunca têm fim...

Parte deixando nas mãos dela
O coração, sem esperança
Pra que ela não sinta saudade
Pra que esqueça as boas lembranças
Pra que ela diga... “Já foi tarde”!
imagem google

Véritas


Evito o sol
Pois perdi a sombra
E também minha dezena
Mesmo assim
Não deixo de orar
Pois trago na lembrança
As minhas promessas
E sei décor a seqüência

Porque as paralelas se afastam
Se tem o par o mesmo signo?
Talvez a falta do meio termo
Tenha gerado o desequilíbrio
Influenciado por terceiros
Que lembram resultados negativos
Busca-se então a perfeita unidade
E assim um dos iguais é repelido...

A lamina o convexo foi exposto
Por puro e singelo “ágape”!
De pudor desprovido
Sem cinismo, sem maldade
Mas o côncavo o cálice
Não se expõem se fecha
Nega sequer o vislumbre
Da imagem de sua face.
google imagem

Mais um dia, bom dia!

Desperto com o Barulho da chuva
Vejo o Flasch de um relâmpago
Que se reflete nos pingos da vidraça
Olho o relógio marco este segundo
Outro segundo vem e logo passa

Faço então minha oração
Passaram-se cinquenta e um segundos
Só agora ouço ao longe o trovão
O tempo de Deus difere do deste do mundo
Talvez para Deus um ano seja só um segundo

Passaram-se cinco dias
Desde que a primavera chegou
Hoje é o dia da minha chegada
Cheguei pontualmente às oito horas
Disseram-me que naquele dia chovia

Saio à rua ao encontro da chuva,
Mas ela para, abre-se o dia
E o sol brilha nas pedras molhadas da rua
É mais um dia como qualquer dia
Ao sol dou bom dia, bom dia sol, bom dia, dia!
Imagem do Google

Jardim em flor


Não existe no universo
Um firmamento igual
Nada é igual a este céu
Estas estrelas este luar

Do que eu pensava do amor
Num estante vi mudar
Tanto a forma quanto a cor
Então me permiti sonhar...

Nunca me senti assim
Foi como um milagre amor
Esta ternura em mim
Via-te assim num jardim em flor

Podes até pensar
Que meu amor é uma coisa tola
Ou que isso não é amar
Por isso de quem ama caçoa

Pois do teu amor nada diz
Por medo de chorar, medo de sofrer
Então negas a luz que me faria feliz
Como o sol que brilha ao amanhecer
imagem google