Das palavras...
Elas tantas palavras
Que foram lançadas e se perderam
No abismo da descrença...
Palavras que se queimaram no tórrido verão.
Estas palavras, algumas delas,
Desconsideradas e em cinzas perderam-se
Nas brumas das manhas outonais...
Recolhe então o poeta infante
Algumas poucas que ainda ecoam
Talvez as use como lenha
Para aquecer-se no inverno
Que bate a porta obstante...
Sua alma, seu arco.
Não mais se distendera
A lançar palavras...
La fora cai à chuva a natureza também chora
Ca dentro memórias se desenham na vidraça...
E as palavras que do âmago brotam,
Elas agora hibernam enregeladas
Não serão mais lançadas
Pois iriam se despedaçar armadura
De gelo que por ironia também queima
Tornado a alma fria e escura.
Exaurido o poeta infante Capitula
Pena... Acontece!.
Pena... Acontece!.
Imagem:Google
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