Vera

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Das Palavras...


Das palavras...

Elas tantas palavras
Que foram lançadas e se perderam
No abismo da descrença...

Palavras que se queimaram no tórrido verão.
Estas palavras, algumas delas,
Desconsideradas e em cinzas perderam-se
Nas brumas das manhas outonais...

Recolhe então o poeta infante
Algumas poucas que ainda ecoam
Talvez as use como lenha
Para aquecer-se no inverno
Que bate a porta obstante...

Sua alma, seu arco.
Não mais se distendera
A lançar palavras...

La fora cai à chuva a natureza também chora
Ca dentro memórias se desenham na vidraça...

E as palavras que do âmago brotam,
Elas agora hibernam enregeladas
Não serão mais lançadas
Pois iriam se despedaçar armadura
De gelo que por ironia também queima
Tornado a alma fria e escura.
Exaurido o poeta  infante  Capitula
Pena... Acontece!.
Imagem:Google

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