Vera

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Margarida Pedra


Ela, a flor tão bela!
Sepultou-se sob a indiferença e a frieza
Igual a dos paralelepípedos
Que revestem as paralelas retilíneas
Das ruas sem esquinas
Pois para a flor não há tempo
O jardim não lhe serve de lugar
Mas sempre existe a esperança
Pois a natureza é prodiga
E é capaz de fazer brotar flores
Até mesmo em meio às pedras...
No jardim dormitam as sementes
Encobertas pelas folhas mortas
Que os ventos sacaram dos ramos no outono
Protegida da frieza igual a da estação atual
E assim se vão ficar por todo o inverno
Alguma quiçá a natureza ira salvar
E venha a brotar em outro momento
Quiçá, talvez, quando a prima vera voltar
 Imagem Google

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