Vera

domingo, 31 de outubro de 2010

Hallowenn


Toda a bruxa é astuta
E este mundo não deixa
Sem eleger uma substituta
As vezes própria filha
Ou então uma “discípula”

O treinamento é intenso, dissimulado
Encoberto pelo misticismo, aos poucos
Vão se afastando os entes queridos
E os créditos são as almas mutiladas
Que vão ficando pelo caminho...

As iniciadas nem se dão conta
Confundem solidão com liberdade
Não sentem fome, só ansiedade
O maior sentimento passa a ser nada
Aos poucos perdem a humanidade...

Seus entes queridos passam a ser
Os felinos, pois o misticismo
Atribui a eles certo poder
Por não terem forte apego a ninguém
São predadores por assim dizer...

Mas elas também tem o seu dia
Quando circulam a noite nas ruas
Exibindo o que chamam de magia
Esvoaçando na luz da lua
Num balé sem sincronia!
Imagem google

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Por amor

Já vi este filme, esta imagem
Foi na TV ou no cinema não sei,
Mas já vi, era outro personagem
Outra história, mesma cena...

Dizem que, as más atitudes
Apagam as boas, as sufocam.
Defeitos suplantam virtudes
E as más lembranças ficam

Na certeza do fim
Torna-se rude o personagem
Crente de que agindo assim
Não sofram com sua passagem,
Mas paralelas, nunca têm fim...

Parte deixando nas mãos dela
O coração, sem esperança
Pra que ela não sinta saudade
Pra que esqueça as boas lembranças
Pra que ela diga... “Já foi tarde”!
imagem google

Véritas


Evito o sol
Pois perdi a sombra
E também minha dezena
Mesmo assim
Não deixo de orar
Pois trago na lembrança
As minhas promessas
E sei décor a seqüência

Porque as paralelas se afastam
Se tem o par o mesmo signo?
Talvez a falta do meio termo
Tenha gerado o desequilíbrio
Influenciado por terceiros
Que lembram resultados negativos
Busca-se então a perfeita unidade
E assim um dos iguais é repelido...

A lamina o convexo foi exposto
Por puro e singelo “ágape”!
De pudor desprovido
Sem cinismo, sem maldade
Mas o côncavo o cálice
Não se expõem se fecha
Nega sequer o vislumbre
Da imagem de sua face.
google imagem

Mais um dia, bom dia!

Desperto com o Barulho da chuva
Vejo o Flasch de um relâmpago
Que se reflete nos pingos da vidraça
Olho o relógio marco este segundo
Outro segundo vem e logo passa

Faço então minha oração
Passaram-se cinquenta e um segundos
Só agora ouço ao longe o trovão
O tempo de Deus difere do deste do mundo
Talvez para Deus um ano seja só um segundo

Passaram-se cinco dias
Desde que a primavera chegou
Hoje é o dia da minha chegada
Cheguei pontualmente às oito horas
Disseram-me que naquele dia chovia

Saio à rua ao encontro da chuva,
Mas ela para, abre-se o dia
E o sol brilha nas pedras molhadas da rua
É mais um dia como qualquer dia
Ao sol dou bom dia, bom dia sol, bom dia, dia!
Imagem do Google

Jardim em flor


Não existe no universo
Um firmamento igual
Nada é igual a este céu
Estas estrelas este luar

Do que eu pensava do amor
Num estante vi mudar
Tanto a forma quanto a cor
Então me permiti sonhar...

Nunca me senti assim
Foi como um milagre amor
Esta ternura em mim
Via-te assim num jardim em flor

Podes até pensar
Que meu amor é uma coisa tola
Ou que isso não é amar
Por isso de quem ama caçoa

Pois do teu amor nada diz
Por medo de chorar, medo de sofrer
Então negas a luz que me faria feliz
Como o sol que brilha ao amanhecer
imagem google

Telefonema


_Te amo!
_também te amo!
Desligo o telefone...
Na janela a minha frente
Vejo a rua ao fundo o cerro
No olhar uma lagrima insistente...

_Te amo!
_Também te amo!
Ressoa na mente
O dia inteiro
Ato reflexo!
Repetiu simplesmente
 E depois só o silencio...

Reflexos


Somos reflexos do meio
Em que vivemos
Terras secas...
Vidas secas...
imagem google