Fé em um sonho

Fé em um sonho

A Lua é Crescente
É Feriado Nacional
É dia de Tiradentes
Jubileu da capital federal


Por sua fé morreu Tiradentes
Morreu Por Seu Sonho de Liberdade
Pela quebra das Correntes
Por Uma Vida com Dignidade


O Jubileu de Brasília
Prova Que o sonho É Possível
JK e Niemeyer, taxados de utópicos,
Tinham uma fé indivisível


 Na capital do Brasil
Poucas nuvens Céu Azul
Por cá Aquele frio
Céu nublado chove cá sul


Duas Taça de vinho se derramam
em um brinde a um sonho slitario
E também em Honra aos que morreram
Aos que não esmoreceram no caminho
Aos que com fé e coragem SEUS SONHOS concretizaram
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Hera

Se chamava “Hera”!

Como uma deusa

Veio na primavera

Numa manha de rara beleza

Tinha um lindo sorriso

E uma voz angelical

Que um verso de improviso

Não consegue relatar

Tinha no olhar o brilho

Da certeza da esperança

  De todo amor e carinho

Mas tinha também lembranças...

Se chamava “Hera”

Como a deusa consorte

 Mas queria voar...

Seu desejo foi mais forte!

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Voar só

Voar só

E o pássaro voou

Asas abertas livre no espaço

E segue assim planando

Nas correntes quentes

Que são massagens no ego

Dos amigos sempre presentes

“Nos bons momentos”!

No momento seus iguais...

Voa sem pesar

Mas as correntes quentes

Indiferentes somem nas tempestades

No momento em que suas asas cansadas

Precisarão planar, descansar lhes irão faltar

Só então vai lembra-se do ninho

Que um dia decidiu abandonar

Pensando que ser livre é ser só e só, voar...

 Sempre existe o ninho materno

Um coração que sempre guarda um lugar

Para um filho pródigo

Mas o ninho materno não é eterno

E o pássaro, cansado de só voar,

Um dia pode não ter onde pousar

Pois o ninho abandonado

Poderá lá não mais estar...

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Atrás da dor

Atrás da dor

Sempre existe algo que não sabemos

Sobre nós mesmos

Algo que não sabemos que existe

Não admitimos não reconhecemos

Nosso medo porque ele se esconde

Atrás de uma velha dor...

E assim justificamos

As nossas opções

Quem nunca se feriu

Com espinhos de uma rosa?

Isso seria motivo

Para jamais se tocar em outra rosa

Dar-lhe as costas em vez de

Admira-la usufruir do prazer

De ter, de sentir o seu perfume

Com medo de se ferir?

O passado é passado

Não precisamos deixá-lo para trás

Ele já esta lá

Ou pelo menos deveria estar...

Em verdade somos todos

Preconceituosos e pobres de espírito

Muitas vezes optamos pela solidão

Que na verdade é uma fuga

E mesmo que tenhamos remorsos

Jamais iremos admitir

Sempre teremos Miles justificativas

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Folhas de outono

Folhas de outono

E de novo é outono

Mas ainda teremos dias de calor

As folhas vêm caindo

No jardim, folhas em vez da flor

Há tempos que não chove por cá com abundancia

A ultima grande chuva da qual tenho lembrança

Foi no fim da década quando deixei

Em terra Sofrozine e Esperança...

Intimamente a gente e sabe

Mas é diferente quando se vê

Ou quando se sente

E se sabe que não é verdade...

Mas as chuvas sabem

Das taipas e das represas

Talvez seja por isso que não caem

Por medo ou incerteza...
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Dança comigo

Dança comigo

Conheço muita gente

Que como eu têm sonhos

E o que elas têm em comum

É que em algum momento

Alguém já se riu delas

Opinam e palpitam

Os que estão no caminho,

Citam exemplos colocam-se como tal

Mas de seus sonhos que se perderam

Destes não falam, pois no intimo

Estes sonhos ainda bailam...

Dança comigo

A musica é lenta, continua é o meu ritmo

E mesmo assim entrechoques vão acontecer...

 “Alguém vai dançar” “alguns vão se perder”

“Com outros vão se encontrar”

E assim prossegue o baile do viver

Quem entra na dança tem de saber

Tem que se deixar envolver pela música

Para que a coreografia possa fluir

Mas a melodia tem que ser para o par

A mesma, mesmo ritmo, mesmo sentir...

Tempo, espaço, movimento e pausa

Vontade, cumplicidade é o que se requer

Não há como se dançar uma musica lenta

Com quem ainda tem na cabeça o ritmo do axé...

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Reflexos do nada

Reflexos do nada

Na verdade não é

Uma questão de refletir

Pois hoje meu verso é o reflexo

Não tenho porque mentir...

E o verso me vem do “nada”

Do âmago da saudade

Da noite mal dormida

Da lembrança e da ansiedade

Do nada que nada perguntou

Que disse que nada quer

Sei como se chama, sei quem é

Ares de menina e também mulher

Pode, no começo, não ter sido nada

Mas aos poucos se tornou a razão

E se hora nada faz mais sentido

Não é minha a razão do nada ser

Édipo morreu senil

Encantado com sua imagem

Refletida nas águas do rio

Sem entender nada da mensagem

Que o anjo lhe transmitiu

Ninguém vai passar

O que outro tiver que passar

Às vezes os anjos não são ouvidos

E o Divino não interfere

É uma questão de livre arbítrio

Cada um é dono e responsável

Pelo seu próprio destino

Se pararmos para refletir veremos

Que o destino raramente nos tem chamado

No momento a nossa escolha

“Precisamos dar o tempo que a nós foi dado”

Para ajustar os reflexos e empreender a jornada,

Mas ninguém pode partir em busca de nada!

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Dois

Dois

Sob a luz da lua cheia

Nas noites deste inicio de outono

Mesmo que se grite ninguém responde

Bem sei que esta tristeza do olhar

É bem maior do que se deixa transparecer

Algumas histórias

Inspiram compaixão outras reflexões

Nada entre dois é perfeito,

Pois se for o perfeito o que se busca

Encontra-se a solidão

Pois o prefeito não é par...

Dizem que o amor é para os poetas

Mas para onde o amor foi?

Se ai quem se diga poeta e o nega

E vê o antes no agora, no depois

Relegando o amor as trevas

E por magoa não consegue ser dois

A balança tem dois pratos

Cabe aos dois buscar equilíbrio para ambos

Se nos enganamos ou nos magoamos

Deixemos para traz, magoas pesam de mais

Ou pesaremos a sós, insensíveis e desiguais...

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Imagens metafóricas

Imagens metafóricas

Mesmo dentro da noite

Siga teu sonho sem medo

Mas primeiro é preciso

Aceitar o que tu és, lembra

Que teu nome esta incluso

No nome de uma flor

A qual nomeia também

 A estação mais suave e bela

Nada acontece ou é por acaso...

Sempre gostei da chuva

Mas temia relâmpagos e o trovão

Que ecoava ao longe

Por isso fugia me escondia

Mas um dia decidi

Não mais fugir e me esconder

Senti a chuva na pele

E a indescritível sensação

Fez com que eu

Perdesse o medo do trovão...

Nestas imagens metafóricas

Sou o ninho tu és o pássaro

Posso ver imagens do teu mundo

Mas não posso te ver

Circunstancias te ofuscam

Tudo na vida não passa de um instante fugas

Para um beija-flor, pois

Suas asas batem depressa demais...

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Solitaire

Solitaire

Triste de quem vive só

E tem o habito de ler

Por não ter a quem lhe tire os óculos

Depois de adormecer

Alguém que vive assim

De cabelos presos nunca se toca

Não é capaz de fazer amor a si

E jamais o fará plenamente com outrem

Não conhece a si mesmo

Mas vai chegar a onde quer

E terá muito orgulho disso

Sentindo-se alto suficiente
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